sábado, 24 de janeiro de 2009

TENDÊNCIAS 2009

Segundo um artigo da revista PSM3 as tendências dos produtores para 2009 são;
  • A componente online - O online será mais baseado nas comunidades, com mais características que permitam a interacção com outros jogadores, para além do download de conteúdos adicionais para títulos já existentes.

  • Maior número de periféricos - 2009 irá assistir a um aumento no número e diversidade de periféricos.

  • Conteúdo de jogadores - Em 2008 jogos como SPORE ou LITLEBIGPLANET, proporcionaram um envolvimento por parte da comunidade de jogadores com conteúdos de grande criatividade. Em 2009 as produtoras irão apostar ainda mais no conteúdo feito por jogadores para jogadores.

  • EyeToy - Mark Lintott, gestor técnico da Sony Londres, afirma que coisas muito interessantes vêm por aí no que diz respeito ao EyeToy; "Mal podemos esperar para vos mostrar a próxima evolução desta tecnologia".

  • MMO na PS3 - Segundo David Polfedt, Vice-Presidente da Massive Entertainment, a ideia de um MMO, um mundo online persistente na PS3, é demasiado boa para não ser aproveitada. Para quem não conhece este termo jogos como World of Warcraft, Tabula Rasa ou Guild Wars são títulos que se enquadram nesta categoria.

2009 parece ser um ano em que devido á fase de maturidade da actual geração tecnológica, a criatividade irá finalmente acompanhar a tecnologia pensando nela sob diferentes perspectivas, com novas potencialidades e desafiando os limites actuais, com riscos calculados por parte das editoras.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Que tipo de jogador és TU?

Segundo Richard Bartle, investigador na área dos videojogos e pioneiro dos massive multiplayer online game, existem quatro jogadores tipo.
  • Os sociais, jogadores que têm prazer em relacionar-se com outros jogadores
  • Os assassinos, jogadores que têm prazer em caçar, matar e causar incómodo noutros jogadores
  • Os executores, que têm prazer em executar proezas, em vencer e triunfar sobre os outros
  • Os exploradores, que têm prazer em descobrir os segredos do jogo, incluindo descobrir e explorar erros de programação

links, Richard Bartle blog, Richard Bartle website

Violência , ignorância e PEGI

Num dos piores trabalhos de jornalismo que encontrei, o senhor Rui Alas Pereira, de O PRIMEIRO DE JANEIRO, avança a hipótese dos jogos de vídeo poderem ser os responsáveis pela crescente onda de criminalidade.
Num ataque aberto aos videojogos em geral, o Primeiro de Janeiro cerra fileiras em GTA IV "Acções de brutalidade. Muito sangue e tiros á mistura", "é considerado o videojogo mais perfeito e completo. Faz com que o utilizador se possa sentir como um verdadeiro gangster" e avança calunias e difamações para os jogadores apelidando de "sub-cultura juvenil" sempre sem saber do que é exactamente o que estão a falar e apoiando-se em pseudo-estudos.

Coloco a seguinte pergunta, se o Primeiro de Janeiro está tão preocupado com a violência nos videojogos porque razão encheu as suas páginas com imagens de GTA IV, expondo desta forma os seus leitores á violência gráfica de tão vil jogo?

Para concluir em grande, O Primeiro de Janeiro reforça a sua posição com as afirmações da psicóloga clínica Ângela Ribeiro, que defende que o que faz falta é um tipo de censura estilo PIDE mas feita por psicólogos: "antes dos jogos virem para o mercado de vendas, deveria haver uma consulta prévia aos profissionais, como os psicólogos".

Citando François Rabelais "A ignorância é a mãe de todos os males", este trabalho de Rui Alas Pereira e as palavras de Ângela Ribeiro levam-me a pensar que existe por aí fora um sem número de cabeças afectadas pela praga da ignorância como se de uma praga de piolhagem fosse! Se ao menos houvesse um pó ou champô para eliminar a ignorância destas cabecitas...



Vejam aqui no Now Loading , blog onde fiquei a conhecer o excelente pasquim, O Primeiro de Janeiro.



Podem fazer o download das páginas deste fabuloso artigo seguindo o link, http://82.102.24.241/$sitepreview/oprimeirodejaneiro.pt/edicoes/1718.pdf

RETRO GAMING

Encontrei um pequeno tesouro no Veteran Gamers Blog para os nostálgicos como eu!!

Trata-se de um link onde se podem jogar vários títulos da NES e SNES, verdadeiras relíquias, sem ter que se instalar nada no pc.

Aqui fica o link Nintendo8 Classic Nintendo 8-bit games online

Há dias felizes!!
Divirtam-se, eu vou!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

THE PATH, Arte em videojogo




Surpreendente adaptação de "O Capuchinho Vermelho", The Path combina arte e terror num videojogo que nos lança para os mais tenebrosos aspectos do conto infantil.

A abordagem está francamente bem conseguida como nos mostra o slogan,

"Há apenas uma regra no jogo. E tem de ser quebrada. Há apenas um objectivo. Mas quando o alcanças morres."

A regra é aquela que nos é imposta pela nossa mãe, manter-nos no caminho (the path), e o objectivo será o fim para o jogador e para o jogo. Ao contrário de outros jogos, em que ao terminarmos somos os heróis e vencedores do dia, neste jogo ao atingirmos o nosso objectivo, chegar a casa da avó, somos recompensados com a nossa própria morte, este parece ser o caminho pretendido pelos autores deste fantástico projecto, colocando assim a ênfase na exploração e na viagem em si, em vez de a colocar na conclusão. Delicioso!



The Path - Teaser from Tale of Tales


The Path (Gameplay, Demo Alpha Two) from Tale of Tales

Pára, olha e escuta!!!

Campanha publicitária educativa e interactiva visa chocar de frente com os mais incautos .
Tales of the road é dirigido a um público jovem mas é sobretudo nos adultos que capta a atenção e causa maior impacto com o seu formato pouco ortodoxo, combina filmes com jogos. Os jogos são bastante simples mas são os filmes, de elevada qualidade técnica e estética, que realmente fazem o sucesso desta campanha.












Quanto aos jogos, no caso de "Make me cross" , uma simples slot machine decide o destino da pobre criança, uma falha na mensagem e na abordagem do jogo, que acaba por passar a ideia de que atravessar uma estrada é um acto de sorte, exactamente o objectivo contrário que se pretende com a campanha.
Em "Lighten Up", temos um clicar desenfreado para tornar as roupas das crianças brilhantes.

Na realidade ambos os jogos falham na abordagem, pois em nenhum deles há um acto autónomo por parte de quem joga, algo como escolher as roupas para sair á rua, faria muito mais sentido para a mensagem que se quer transmitir em vez de iluminar crianças como lâmpadas. A campanha, no entanto, é de louvar.



Para uma leitura interessante vejam aqui.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O estudo sobre videojogos é muito recente, os jogos só foram alvo de observação a partir do momento em que se tornaram fenómenos de massas. A persistente falta de interesse por parte dos investigadores pode parecer bizarra a principio, esta pode dever-se ao facto de os videojogos serem vistos como triviais e simples ao contrário da literatura, arte, música ou cinema.


Porém, os videojogos continuam a receber um tratamento impróprio por parte dos investigadores, que em vez de os reconhecerem como um novo fenómeno, e por isso mesmo proceder de forma cautelosa, reconhecendo-os como objectos de estudo para o qual ainda não existe uma metodologia própria, os tratam como versões menores do cinema ou literatura.


Ora os videojogos são muito mais do que uma narrativa linear e nem tão pouco se assemelham á passividade frustrante de se assistir a um qualquer desfile de imagens sobre o qual não se possui qualquer autonomia. Os videojogos são obras de arte interactivas onde os jogadores realizam as suas próprias aventuras, distintas e pessoais. O mesmo jogo nunca tem duas histórias iguais diferenciando-se radicalmente de jogador para jogador, ao contrário de um filme ou um livro, o jogador cria a sua aventura e "vive" num mundo alternativo, imprevisível, real e em constante mutação.


É urgente que uma nova estirpe de investigadores se dedique á procura de uma metodologia própria para o estudo e observação do fenómeno cultural imposto pelas novas tecnologias. Uma metodologia que assegure o respeito pelo que é um videojogo, com seriedade e rigor.


A pergunta que se coloca é, o que fazer quando os videojogos se tornam no fenómeno cultural e industrial mais relevante deste século?
É nesta perspectiva que os investigadores devem olhar para os videojogos cedendo-lhes o seu devido lugar na actualidade.

Recomendo o livro, "Tudo o Que É Mau Faz Bem: como os Jogos de Vídeo, a TV e a Internet nos Estão a Tornar mais Inteligentes", de Steven Johnson uma das mais conceituadas personalidades da Internet.
Para uma leitura interessante sobre o tema vejam aqui